terça-feira, 30 de agosto de 2011

Dia vigésimo sétimo

Contra os dias, contra o sol. Contra a solidão que eu próprio abracei. Sou um dia só, e por um só dia quis sê-lo. Corri os caminhos de antigamente, entre o abismo e o céu, na vertigem da queda, de asas abertas. Olhei nos olhos o sol, e senti-me como outrora, o sal da terra. Fui ao fim do meu mundo, para poder procurar por ti no horizonte. Mas ainda não é tempo. A noite cairá ali, eu saberei. Eu estarei contigo. Mas hoje, é tempo de saber que estás ansiosa por cair no mundo, acender os candeeiros, e começar tudo de novo. Hoje é tempo de dormir, porque os dias estão por vir, e não os quero demorar.

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