quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Dia décimo sexto

Eu sou a viagem que fazes até cada pôr-do-sol. Até ao meu fim, o meu desfalecer consentido nos braços do teu negrume. Tu és a viagem que eu faço até mim. Tu és o que eu sou, no lado escuro. Tu és quem está comigo neste movimento perpétuo. Tu és a razão pela qual o tempo tem em mim um princípio. Tu és o fim. Porque os dias são viagens, em que o destino é incerto e impossível discernir, até que chegamos e chamamos casa a lugares que nunca vimos. Assim foi uma noite em que foste o meu destino. E outra. E outra. E por cada novo destino, novo é o ponto de partida. E assim me reinvento, e sou amanhã.

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