terça-feira, 9 de agosto de 2011

Dia oitavo

Sim, ás vezes parece infinito. O mar que separa os dias. Um pretérito que é perfeito de um futuro conjuntivo. O hoje é compulsivo. O hoje é compulsório. O hoje parece acessório. O hoje é um comboio que já chegou e já partiu, um ser que nasceu e já morreu. O lobo de si mesmo. O hoje é um homem que acordou a pensar em adormecer e sonhar de novo, realizar é só depois. Mas o hoje também sonha acordado. Também sente e também vê, também ouve e também lê. Os sinais. As mensagens nas garrafas e os dados que se lançam. Os vazios e os silêncios. O hoje é compulsivo. O hoje é compulsório. O hoje parece acessório. Mas não é, e não o será sempre. O hoje também vive sempre que quer viver.

Sem comentários:

Enviar um comentário