terça-feira, 9 de agosto de 2011
Dia sétimo
E ao sétimo dia, Deus descansou. Será que quando um homem mata Deus sete vezes, os dias terão descanso? Nietzsche terá tido dias como eu. Acordou, seguiu caminho, de casa ás costas, de lés a lés. Respirou, bem fundo nas profundezas, e inalou o ar da manhã. Viajou, regressou a casa, aos carris do tempo. Mas quebrou o ciclo, mexeu as peças e gritou por vida. E viveu-a, sorriu e não mais se anulou. Lembrou-se do que era ser um dia que não um ontem ou um amanhã, e foi um hoje com sentido, definido a priori ou não. Nietzsche terá tido dias como eu. Terá tido amigos, os meus hojes e os meus amanhãs? Amanhã talvez o saiba.
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