sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Dia quarto

Hoje fui vento nas velas de mim. Decidi carregar comigo até ao fim. Decidi que a meta não é suficientemente longínqua, que a minha Finisterra não passa de chuva oblíqua. Hoje irmanei-me do tempo e segui-lhe o rasto, fui um dia dos dias, e assumi-me como um ontem do meu amanhã. No tempo que me resta, de tão vasto, descobri algures um pano de fundo para receber o fim de mim mesmo como uma chama irmã. Viver é o fogo dos dias: tomemos o ar á vida, que enquanto esse ar perdura a vela do tempo não se extingue.

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