quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Dia décimo sétimo

Estamos na fronteira, tu e eu. Eu me alumio, uma e outra vez e me obrigo a seguir neste corredor até ao fim. Tu esperas-me no fim de tudo, para seres tudo de novo. Nem a lua, definhada e amarelada, me segue, e torna-se mais um candeeiro da ponte, no Tejo ao fundo. As estrelas estão lá, como poucas vezes o estão. Mas os astrolábios de marinheiros como eu, navegando pelo tempo, não foram feitos para seguir estrelas tão longe na noite. Continuo à espera, com metade do oceano nas costas. Se eu encontrar uma ilha...não preciso parar para sentir. Trago comigo o fado Português da saudade, mesmo nos dias de nevoeiro.

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