quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Dia vigésimo nono

Ás vezes, até um estigma merece um abraço. O estigma de ser o último, de ser a derradeira barreira, de ser o nada antes de tudo, de ser tudo o que há a suportar até que nada haja entre um dia e a noite que se lhe segue. Ás vezes, é fácil odiar o tempo. Mas o tempo é como um barco que odeio porque te leva para lá dos rios, e amo porque te traz na maré forçada dos velhos motores. É fácil odiá-lo, mas há que não perder de vista quanto amor lhe devo. Se aprendi a estar em paz com o tempo nos dias das diversas luas que acompanharam e abandonaram ao caminho, aprenderei a amar uma noite por ser a última em que não te vejo o sorriso estrelado.

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