quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Dia trigésimo

Não sei começar estórias, não sei dar-lhes um fim. Vejo-as acontecer, tenho a palavra a postos, na ponta da língua. Mas novamente, meu fim não é meu. Não é de mim. Era cinzenta, a minha saudade, no principio e no fim, e é tudo o que sei; e não preciso saber mais. O meu sorriso é minha cor, e já existe, sempre existiu. Mas és tu quem o escreve, e quem o escreve o descobre e dele é dono. E a noite chegou, para reclamar o que é seu e o descobriu no sábio palavreado de um olhar. Estou entregue. E os dias terão noite, e a noite é um segredo que não se consegue contar, mesmo que se tente.

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