quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Dia terceiro

Hoje fui verdadeiramente um novo dia. Matei os dragões da angústia, dobrei os cabos dos medos e subi à genoa. Compreendi um mistério do tempo que é tão inexorável quanto difícil de conceber, tão óbvio e difícil de compreender: ele parece passar devagar, mas passa. E passa tão mais devagar, quão devagar me queixo que passa. Hoje aprendi algo sobre mim próprio: os dias a si pertencem. Cada dia traz um último a si mesmo. "O fim está próximo", digo de mim para mim, como se fosse um apocalíptico primeiro dia de uma vida.

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